Ser professor
Um velho estava sentado em um banco quando um jovem se aproximou e perguntou:
— Lembra-se de mim, professor?
O velho respondeu:
— Não, não me lembro.
Então, o jovem disse:
— Fui seu aluno.
Curioso, o professor perguntou:
— Ah, e o que você se tornou? O que faz agora?
O jovem sorriu e respondeu:
— Bem, eu também me tornei professor.
Surpreso, o velho exclamou:
— Que maravilha! Assim como eu?
— Sim, como você. Na verdade, me tornei professor por sua causa.
Um velho estava sentado em um banco quando um jovem se aproximou e perguntou:
— Lembra-se de mim, professor?
O velho respondeu:
— Não, não me lembro.
Então, o jovem disse:
— Fui seu aluno.
Curioso, o professor perguntou:
— Ah, e o que você se tornou? O que faz agora?
O jovem sorriu e respondeu:
— Bem, eu também me tornei professor.
Surpreso, o velho exclamou:
— Que maravilha! Assim como eu?
— Sim, como você. Na verdade, me tornei professor por sua causa.
Então, você fechou a porta e pediu que todos nos levantássemos. Disse que iria revistar os bolsos de cada um, mas pediu que fechássemos os olhos para ninguém ver o que aconteceria.
Quando chegou a minha vez, você encontrou o relógio no meu bolso e o retirou. Em seguida, continuou revistando os outros, sem dizer nada. No final, você anunciou:
— Podem abrir os olhos. O relógio foi encontrado.
Nunca mencionou quem havia pegado o relógio.
Nunca me repreendeu publicamente, nem fez qualquer comentário sobre isso. Aquele dia foi o mais constrangedor da minha vida, mas também o mais marcante.
Com seu silêncio, você salvou a minha dignidade. Foi naquele momento que compreendi o verdadeiro significado de ser um educador e o valor de um professor.
O jovem então perguntou:
— Lembra-se desse episódio, professor?
O velho respondeu, com um sorriso sereno:
— Lembro do relógio roubado e de ter procurado nos bolsos de todos. Mas não lembro de você. Veja bem, eu também fechei os olhos enquanto procurava.
E completou:
— Se, para corrigir, é preciso humilhar, então não se sabe ensinar.