Falando de amor

Um dia, estavam reunidos na floresta todos os animais. Falavam entre si sobre as emoçÔes.

Dona Coruja, com sua sabedoria, começou a falar sobre o amor.

— VocĂȘs sabem o quĂȘ Ă© o amor?

E a bicharada, em sinal de curiosidade, fez da barulheira um silĂȘncio respeitoso.

— Amar Ă© cuidar. Amar Ă© querer o bem de quem se ama, ver o seu sucesso, sua alegria e felicidade. Amar Ă© acordar e sorrir e cantar sĂł de lembrar da existĂȘncia do ser amado.

A cada descrição, cabeças balançavam concordando, abraços aconteciam, plates eram trocados.

— Amar, continuou dona Coruja, Ă© abrir mĂŁo do Ășltimo pedaço da comida favorita e nĂŁo se arrepender. Deixar o lado quentinho da cama para quem se ama no dia mais frio do inverno.

E dona Coruja continuou dando exemplos para que todos entendessem em seus coraçÔes o que significa o amor.

Mas, foi com surpresa que de repente e de forma inesperada, uma toupeira falou:

— Eu tenho vergonha de dizer "eu te amo".

— E o quĂȘ vocĂȘ diz nessas horas, perguntou dona Coruja com uma curiosidade genuĂ­na.

— Digo que Ă© bom estar com quem estĂĄ comigo
 É bom estar com vocĂȘ, dona Coruja, e com vocĂȘs, meus amigos.

Todos sorriram, e dona Coruja nĂŁo teve dĂșvidas em responder por todos:

— NĂłs tambĂ©m gostamos de estar com vocĂȘ, dona Toupeira.