“Copiei da Internet”
Acho que já comentei, mas creio que todos deveriam uma vez ou outra usar o transporte coletivo. A experiência é interessantíssima e a quantidade de coisas às quais somos expostos é muito ampla.
Esses dias estava no ônibus indo para o trabalho quando entrou um grupo de estudantes. Estavam falando provavelmente sobre algum trabalho ou exercício que tiveram que entregar na faculdade e um deles se gabava de ter copiado o trabalho inteiro da Internet… Pela expressão, acho que foi pego pelo professor, mas fiquei pensnado sobre o fato em si.
O que leva nossos jovens a crerem que são tão espertos a ponto de conseguirem copiar todo um trabalho sem serem pegos por um profissional que está ali para fazê-los pensarem? Aliás, o que os leva a ter preguiça de pensarem?
As ações -- e meus comentários -- podem parecer inocentes e ingênuos demais, entretanto as conseqüências no mercado de trabalho são bastante graves. A excelência não surge do plágio, não surge da falta de dedicação.
O entender e o dedicar-se são essenciais para que o profissional entregue o melhor que ele é capaz e ao desistir nos momentos onde ele pode errar e aprender ele torna o processo ainda mais difícil no seu futuro.
“Ah, mas a matéria X ou a matéria Z não são importantes! Nunca vi ninguém usar!” Mas elas são formadoras de uma base que é necessária para o gradativo progresso educacional e profissional.
Nunca usei algumas disciplinas da faculdade diretamente, mas elas foram essenciais para modificar a forma do meu pensar e permitir que eu busque algumas soluções de uma forma diferente da convencional. Essa diferença é uma vantagem sobre outros candidatos na disputa por uma vaga, na entrega de um projeto, no desenvolvimento de um produto ou solução.
No final, ao querer enganar o professor o aluno acaba enganando a si próprio. O maior prejudicado não é o professor que está empregado, fazendo o que é esperado dele. O maior prejudicado é o aluno -- que pensou ser esperto -- ao ter problemas entregando o que é esperado dele no seu futuro emprego, ao concorrer a uma vaga com outros candidatos.
“Será que eu preciso estudar isso?” Uma boa resposta geralmente é “Não! Assim a minha vida fica bem mais fácil ao concorrer com você!”
Quem será que ele está realmente enganando?