A escrita como processo mental
Escrever vai muito além da comunicação: é também uma forma de pensar.
Quando escrevemos, somos naturalmente forçados a estruturar nossas ideias. E é nessa estruturação que organizamos nosso pensamento de forma efetiva.
Raciocinar enquanto tomamos notas ajuda a identificar falhas no raciocínio, delimitar hipóteses e encontrar caminhos investigativos que poderiam passar despercebidos.
Pensar sem estrutura e sem registro pode nos levar a repetir ações desnecessariamente ou fazer análises superficiais. Acabamos deixando para trás hipóteses importantes ou pendências que impactam etapas seguintes sem considerá-las adequadamente.
Na tecnologia, por exemplo, usamos anotações em processos de investigação de incidentes não somente para resolver problemas, mas principalmente para identificar suas causas raiz.
Em outras áreas, a escrita ajuda a identificar níveis de produtividade, oportunidades de melhoria, padrões repetitivos, validar etapas, corroborar valores e muito mais.
Incorporar a escrita como parte do processo mental em atividades mais extensas traz benefícios significativos: leva a uma maior concentração, reduz erros e aumenta a produtividade.
Evidentemente, não se trata de documentar cada detalhe durante a execução da atividade, mas sim registrar os principais marcos e passos executados, valores calculados importantes e outros itens relevantes.
Em suma, escrever ordena ideias. Ajuda a refazer passos e valida ações. Escrever aumenta a produtividade e nos dá maior certeza de que a execução será correta.